Paulo Gustavo de Araujo Cunha
Arquiteto-diretor Adjunto Fiepe
pgac@oi.com.br
A evolução de uma sociedade espiritualista predominante na antiguidade para uma mais materialista, suportada a partir do século 19 pelos avanços da ciência, tem despertado polêmicas sobre a religiosidade das pessoas e a própria existência de um ser superior-Deus.
Na realidade, duas correntes predominam, sobretudo na justificativa quanto à criação do Universo e do ser humano. A primeira intitulada de Criacionista atribui ao ente divino-Deus toda essa complexa obra de engenharia, e a outra desenvolvida a partir dos conhecimentos obtidos por Charles Darwin, de que tudo atende à evolução natural dos seres, que se adaptam ao meio ambiente, para sobreviverem.
Enquanto a primeira baseia-se num dogma de fé, inquestionável pela ciência, a segunda baseia-se na observação científica de seres animais e vegetais e na descoberta de fósseis que comprovariam a evolução do ser humano, e agora, pela descoberta do genoma humano–DNA e sua característica de hereditariedade genética, nas pessoas e outros seres.
Alguns pensadores mais exaltados, como o biólogo Richard Dawkins, combatem vigorosamente a crença religiosa e a criação divina da vida, em sua publicação “A ilusão de Deus”, chegando à generalização de que nenhum cientista pode aceitar a religião e de Deus.
Oportuno, relembrar o pensamento do maior cientista do século 20, Albert Einstein, que inicia seu livro O mundo como Eu vejo com a afirmação de que as religiões foram engendradas pelo mistério (do desconhecido) misturado ao temor (das punições), e que a evolução do medo para moral religiosa constituiu um grande passo para a sociedade.
Prossegue com a surpreendente afirmação de que todo cientista tem um sentimento religioso, peculiar, de sua autoria. Continua: não conceber um Deus que influência diretamente ou julga uma criatura, por ele criada. Sua religiosidade consiste na humilde admiração de um espirito superior (? ) que se revela a nós, no pouco que nossa compreensão permite entender a realidade.
Finaliza. O conhecimento da existência de algo que não podemos entender ou explicar.
De manifestações de razão e de beleza somente percebidas por nós, em suas formas mais elementares. Este conhecimento e esta emoção constituem a verdadeira atitude religiosa. Neste sentido, e somente por este, eu sou um homem profundamente religioso.
Justifica-se, assim, que a Ciência e a Religião convergem para identificar a força superior que criou esse complexo Universo e a Vida. Já justificados por leis físicas e químicas, até o Big Bang . E antes do Big Bang? Os crentes afirmam: foi Deus o criador do Big Bang!
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